quinta-feira, maio 26, 2011

Contraindicado para os que não lêem seres humanos



Se existem pessoas diferentes é porque existem diferenças. E elas são simbolicamente anteriores a qualquer indivíduo – que se conheça, pelo menos.

Genética, Biologia, Sociologia, Economia, Bulimia, Anemia, Apatia? Não. As diferenças de caráter excludente são primeiras impressões. E são só isso! Quando se mergulha no outro, as semelhanças se tornam nítidas: mesmos sonhos, mesmos medos, mesmos sorrisos – diferentes ângulos, quem sabe... Clichês à parte, basta enxergar a semelhança “Ser Humano” para metade das diferenças parecerem mínimas, quase imperceptíveis.

É então que, passadas as surpresas do novo, jogar o jogo da relevância se torna necessário. O que é relevante? Beleza, inteligência? Etiqueta, inteligência? Carteira, inteligência? Sobrenome ou inteligência?

Têm coisas que se resolvem com oportunidade. Para outras existe maquiagem! E assim o mundo, cheio de pernas, anda. A “aurora é coletiva”, e “tudo marcha para a arquitetura perfeita”. Pedra ao lado de pedra – são mãos que se balançam.

E se por ti persistirem os olhares tortos, a bula deverá ser consultada. Não aquela de letras miúdas... A que se esconde em qualquer lugar perto do intestino e que grita todos os sentidos e contraindicações de que somos feitos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Queria eu ter essa capacidade de destilar textos tão profundos em auroras seguidas!

Primeiro, afirmo com convicção de que o mundo seria outro se fôssemos bons leitores humanos. Somos todos um só, quem sabe. Ou cada um de nós somos construímos por todos nós ou todos nós somos construídos por cada um de nós. É ruim saber que no fim somos analfabetos coletivos!

Em seguida, reafirmo pela enésima vez que sempre que te leio e lembro que se trata de um jovem de 17 anos que cresceu comigo me dá um orgulho de lacrimejar! Muitos poderão pensar 'Cara, e eu estou vivo para ler isso'.

Eu direi: cara, eu estou vivo para ler isso, cresci com quem escreveu, construímos N coisas juntos, mtas vezes [a maioria, talvez] fui o primeiro a lê-lo, já fui homenageado por ele, e ele ainda me chama de irmão.

CARAMBA, VELHO! O peito explode de alegria, sem condições! Espero que futuramente os estudiosos descubram que somos grandes amigos! HAHAHAHAHA. Para, ao menos, eu ganhar um espaço em uma nota de rodapé da página 4 da introdução de sua 18ª edição.

Abração!!